28 de fevereiro de 2012

AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS

              As capitanias foram uma forma de administração territorial do império português uma vez que a Coroa, com recursos limitados, delegou a tarefa de colonização e exploração de determinadas áreas a particulares, através da doação de lotes de terra, sistema utilizado inicialmente com sucesso na exploração das ilhas atlânticas. No Brasil este sistema ficou conhecido como capitanias hereditárias, tendo vigorado, sob diversas formas, durante o período colonial, do início do século XVI até ao século XVIII, quando o sistema de hereditariedade foi extinto pelo Marquês de Pombal, em 1759 (a hereditariedade foi abolida, mas a denominação capitania não)
            Os beneficiários, no total de doze, eram elementos da pequena nobreza de Portugal, dos quais sete haviam se destacado nas campanhas da África e na Índia, quatro eram altos funcionários da corte e um deles era capitão de confiança de Martim Afonso de Sousa. "Não possuíam, em sua maioria, capital ou outros recursos que lhes permitissem fazer progredir as terras, apesar dos enormes privilégios jurídicos e fiscais que a Coroa lhes concedera.
            Esses privilégios incluíam o direito de fundar cidades e de lhes atribuir direitos municipais; o direito da pena capital para escravos, pagãos e cristãos livres das classes mais baixas; o direito de cobrar impostos locais, exceto no que se referia à mercadorias (como o pau-brasil) que constituíam em monopólio da Coroa; o direito de autorizar construções, como de engenhos de açúcar, e de receber dízimas sobre determinados produtos, entre os quais o açúcar e o peixe.           O sistema de donatários, combinando elementos feudais e capitalistas, havia sido utilizado com êxito no desenvolvimento das ilhas da Madeira e dos Açores, e foi aplicado com menor êxito no arquipélago de Cabo Verde e, durante curto espaço de tempo (1575), em Angola."

 De norte a sul as capitanias hereditárias iniciais eram:



CapitaniaLimites aproximadosDonatário
Capitania do Maranhão (primeira secção)Extremo leste da Ilha de Marajó (PA) à foz do rio Gurupi(PA/MA)João de Barros e Aires da Cunha
Capitania do Maranhão (segunda secção)Foz do rio Gurupi (PA/MA) a Parnaíba (PI)Fernando Álvares de Andrade
Capitania do CearáParnaíba (PI) a Fortaleza (CE)Antônio Cardoso de Barros
Capitania do Rio GrandeFortaleza (CE) à Baía da Traição (PB)João de Barros e Aires da Cunha
Capitania de ItamaracáBaía da Traição (PB) a Igaraçu (PE)Pero Lopes de Sousa
Capitania de PernambucoIgaraçu (PE) à foz do Rio São Francisco (AL/SE)Duarte Coelho Pereira
Capitania da Baía de Todos os SantosFoz do Rio São Francisco (AL/SE) a Itaparica (BA)Francisco Pereira Coutinho
Capitania de IlhéusItaparica (BA) a Comandatuba (BA)Jorge de Figueiredo Correia
Capitania de Porto SeguroComandatuba (BA) a Mucuri (BA)Pero do Campo Tourinho
Capitania do Espírito SantoMucuri (BA) a Itapemirim (ES)Vasco Fernandes Coutinho
Capitania de São ToméItapemirim (ES) a Macaé (RJ)Pero de Góis da Silveira
Capitania de São Vicente (primeira secção)Macaé (RJ) a Caraguatatuba (SP)Martim Afonso de Sousa
Capitania de Santo AmaroCaraguatatuba (SP) a Bertioga (SP)Pero Lopes de Sousa
Capitania de São Vicente (segunda secção)Bertioga (SP) a Cananéia/Ilha do Mel (PR)Martim Afonso de Sousa
Capitania de SantanaIlha do Mel/Cananéia (SP) a Laguna (SC)Pero Lopes de Sousa








A administração das capitanias

     O donatário constituía-se na autoridade máxima dentro da própria capitania, tendo o compromisso de desenvolvê-la com recursos próprios, embora não fosse o seu proprietário.
     O vínculo jurídico entre o rei de Portugal e cada donatário era estabelecido em dois documentos: a Carta de Doação, que conferia a posse, e a Carta Foral que determinava direitos e deveres.
     Pela primeira, o donatário recebia a posse da terra, podendo transmiti-la aos filhos, mas não vendê-la.  Recebia também uma sesmaria de dez léguas de costa. Devia fundar vilas, distribuir terras a quem desejasse cultivá-las, construir engenhos. O donatário exercia plena autoridade no campo judicial e administrativo para nomear funcionários e aplicar a justiça, podendo até decretar a pena de morte para escravos, índios e homens livres. Adquiria alguns direitos: isenção de taxas, venda de escravos índios e recebimento de parte das rendas devidas à Coroa. Podia escravizar os indígenas, obrigando-os a trabalhar na lavoura ou enviá-los como escravos a Portugal até o limite de 30 por ano.
     A Carta Foral tratava, principalmente, dos tributos a serem pagos pelos colonos. Definia ainda, o que pertencia à Coroa e ao donatário. Se descobertos metais e pedras preciosas, 20% seriam da Coroa e, ao donatário caberiam 10% dos produtos do solo. A Coroa detinha o monopólio do comércio do pau-brasil e de especiarias. O donatário podia doar sesmarias aos cristãos que pudessem colonizá-las e defendê-las, tornando-se assim colonos.




Extinção definitiva das capitanias

     A extinção do sistema de capitanias ocorreu formalmente em 28 de fevereiro de 1821, um pouco mais de um ano antes da declaração de independência. A maioria das capitanias tornaram-se províncias e o território de algumas, como o da capitania de São José do Rio Negro e o da capitania de Sergipe, foi anexado às novas províncias.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Capitanias_do_Brasil

Os Estados Brasileiros

Como surgiram os Estados Brasileiros??
Terras de Capitão: Trinta e quatro anos após o descobrimento, o litoralbrasileiro estava sendo saqueado a torto e a direito por piratas em busca de pedras preciosas e madeiras raras. Para manter o controle do território e tentar conter os saques, a coroa portuguesa decidiu criar asCapitanias Hereditárias, 15 longas faixas de terra que se estendiam da costa até a linha imaginária doTratado de Tordesilhas.


















A Casa das Sete Províncias: Em 1709, os portugueses resolveram reorganizar a colônia em função dos benefícios e especialidades econômicas de cada região.Nasceram, então, as sete províncias, imensas extensões de terra com fronteiras mais bem definidas. Além dos aspectos econômicos, a criação das províncias visava obter um controle ainda maior do território, ameaçado pela ação de piratas e pelo "olho gordo" dos espanhóis que colocava em perigo a integridade do domínio lusitano. 

 


Rascunho Imperial: Após a independência, em 1822, o Brasil foi repartido em diversas novas províncias, rascunhos do que viriam a ser os atuais estados. o mapa atual do nodeste, por exemplo, já está quase todo lá. No sul, contávamos ainda com a privíncia daCisplatina que pertenceu ao Brasil até 1829, quando um movimento separatista obrigou o país a reconhecer a independência da região, que originou o vizinho Uruguai. 

Estados de Sítio: Rolaram grandes mudanças no mapa após aProclamação da República, em 1889, como a adoção da palavra estado para nomear as porções do território. Em 1942, o Brasil entrou na Segunda Guerra e, como estratégia de defesa e administração das fronteiras, o governo desmembrou algumas áreas criando novos territórios, como oAmapá e Guaporé, no norte, e Iguaçu, no sul. Mais tarde, alguns desses territótios viraram estados e outros foram reintegrados à sua região de origem. 


 

Depois da Plástica: A partir de 1960, ano da inauguração de Brasília,aconteceram as últimas mexidas que deixaram o Brasil com a cara que tem hoje, com seus 26 estados mais oDistrito Federal, que não é um Estado, mas um território autônomo com regiões administrativas. Além da "promoção" de alguns territórios com Acre e Rondônia, a estados, Fernando de Noronha que outrora deixou de ser um estado brasileiro para servir de base oficial dos EUA durante a II Guerra Mundial, voltou a fazer parte de Pernambuco e nasceram Mato Grosso do Sul (desmembrado de Mato Grosso) e Tocantins (fatiado de Goiás). Porém, até hoje tramitam projetos de criação de novos estados no Congresso! O corta-corta está longe de acabar...


Adaptado de: Revista Mundo Estranho: ed.085 - março 2009

Atividades - Matemática


Multiplicação

ð  Número decimal por numero inteiro

Dona Amália tece 0,3 de um tapete em um dia. Que parte do tapete estará pronta em três dias?
Para resolver esta questão, podemos somar:

0,3 + 0,3 + 0,3 = 0,9
ou multiplicar:
3 x 0,3 = 0,9

ð  Número decimal por número decimal

Veja: 3,9 x 5,2 = 20,28



3,
9

Para multiplicar decimais por inteiros e decimais por decimais:
- Multiplique como se multiplicam inteiros;
- Conte as ordens ou casas decimais dos dois fatores;
- Separe com vírgula o mesmo número de ordens decimais no produto, da direita para a esquerda

x
5,
2



7
8

1
9
5


2
0,
2
8


01 Calcule mentalmente.
Dica
Para multiplicar um número decimal por 10, 100, por 1000, ... basta deslocar a vírgula para a direita conforme a quantidade de zeros: uma, duas, três, ... casas decimais.

a) 2,315 x 10 =

b) 2,315 x 100 =

c) 2,315 x 1000 =

d) 0,35 x 10 =

e) 4,218 x 100 =

f) 2,3001 x 1000 =

                                
02  Arme e efetue.
12,2 x 3










9,6 x 1,2
2,42 x 5
3,24 x 6
2,75 x 1,4





4,68 x 2,5
3,84 x 4,2
2,78 x 1,8

Trabalhe com os preços dos produtos e estabeleça relações entre a multiplicação e a divisão.

=> Ferros a vapor
Quantidade
1
3
6
9
Valor
R$ 22,00




=> Sanduicheiras
Quantidade
1
2
3
5
Valor

R$ 58,00



=> Cafeteiras
Quantidade
1
3
4
8
Valor


R$ 220,00