Existem
partes fundamentais num plano de aula. Abaixo foram relacionadas cada
uma delas com suas respectivas implicações.
A) Identificação: É adequado que se inicie um plano com informações pontuais sobre
o perfil da aula. Assim, dados como série, disciplina e duração demonstram os
limites da ação do professor.
Série (ou ano): A quem se destina esta aula?
Por exemplo – 3º ano do Ensino Fundamental.
Disciplina: Registrar qual a disciplina
abarcada pela proposta. No caso de proposta interdisciplinar, relacionar todas
as disciplinas envolvidas.
Duração: Quanto tempo se tem para o
desenvolvimento da proposta de aula? É rotineira a marcação por hora/aula. Por
exemplo – 2 h/a.
B) Objetivo (s): Referem-se a aspectos
simples, concretos, habilidades alcançáveis em curto prazo. Demonstram
desempenhos observáveis nos alunos. Seria o equivalente ao professor
perguntar-se mentalmente “no final desta aula, os meus alunos serão capazes
de…” A meta da aula, o que o professor quer desenvolver no aluno.
C) Conteúdo (s): Conjunto dos temas ou
assuntos que serão estudados durante a aula, que está diretamente ligado à (s)
disciplina (s) registrada (s) na identificação da aula.
D) Procedimentos didáticos / Estratégias / Metodologias (São
sinônimos): São os meios utilizados para
facilitar a aprendizagem. De que forma o professor organizará sua aula para que
o aluno aprenda? Esta parte, normalmente, é registrada através de tópicos, a
fim de otimizar a organização do professor.
E) Avaliação: Deve ser encarada como
instrumento de feedback, de devolutiva para o professor. Como isto
funciona? Na Pedagogia Tradicional a avaliação serve como termômetro da
aprendizagem do aluno, se aprendeu muito ou pouco e esta tarefa é de sua
responsabilidade. Numa proposta mais atual, se o aluno aprende “pouco”, o
problema pode não ser “do aluno”, mas sim, por exemplo, do professor – se sua
linguagem está adequada ao aluno, se os temas propostos são relevantes para os
alunos. Agora, para o plano de aula, o importante é que o professor possa
verificar a participação, o envolvimento do aluno na aula. Em uma, duas horas
aula, não é possível um registro formal de avaliação, mas sua presença, seu
entrosamento na aula, registrados através da observação do professor, podem ser
levados em consideração no tocante à avaliação.
Dica: ao finalizar a elaboração do
plano de aula, é necessária uma nova leitura da proposta, para última
verificação: deve-se imaginar, sempre, que outro professor poderá ministrar a
aula preparada por você (leia seu plano de aula imaginando que no dia da
referida aula você teve qualquer imprevisto e não compareceu à escola; outro
professor teve acesso ao seu plano e irá admiti-lo com os alunos). Com esta
“preocupação”, você conseguirá “corrigir” aquilo que não está tão adequado, tão
específico, o que demonstrará qualidade em sua produção, proporcionando
uma escrita clara, objetiva.
Para saber mais:
MASETTO, Marcos. Didática: a aula como centro. São
Paulo: FTD, 1997.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática.
São Paulo: Cortez, 1994.
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